A pesar a consciência no bosque da vida

Há coisas que não mudam. Há outras que sim.

A felicidade é um estado de espírito, que só depende efectivamente de nós próprios.
Há dias aconteceu algo triste, que embora lateralmente, me deixou a pensar um pouco.
Travamos tantas guerras que esquecemo-nos em primeiro lugar de nós próprios, da forma que deveríamos pensar, e esquecemo-nos também dos outros, especialmente daqueles que mais nos são próximos.
O tempo passa, como o vento… e só algures na linha do tempo, num destes dias, me apercebi efectivamente disso.
E nessas alturas agarramos na balança e pesamo-nos a nós próprios… e o nosso peso não é apenas fruto da massa que temos naquele momento mas sim de todo um passado que nos alimentou o corpo e a alma e que nos conduziu aos quilos da nossa consciência.
Traçamos um caminho que pensamos conduzir-nos à portagem da felicidade mas de repente vemo-nos numa estrada de saibro, perdidos no bosque da vida.
E nesse bosque encontra-se tudo aquilo que não pensámos jamais encontrar.
Mas há coisas que não nos surpreendem, tais como o cuco que põe ovos no ninho das outras aves, ou como a raposa que invade galinheiros, ou como a pulga que caminha sempre ao colo d’alguém.
Neste bosque há surpresas mas o mais surpreendente é que elas já não nos surpreendem.
Há também vozes que nos causam arrepios mesmo que não as vejamos, mesmo que não as sintamos.
Há ainda aqueles animais que aparecem sistematicamente ou na busca de companhia ou na esperança de terem um naco de pão caído do céu.
Há os que nos espreitam.
Há os que fogem a 7 pés.
Bem, é longo o caminho da perca de peso. 
E há bosques que é melhor atravessar de óculos de sol…
SF

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